sábado, 21 de agosto de 2010

A Cultura Helenística

         A cultura helenística resultou da fusão da cultura grega com a cultura oriental, promovida pela expansão do império Macedônico com Alexandre Magno.
A Grécia não era mais o centro cultural do mundo. Os principais centros da cultura helenística foram Alexandria, no Egito, Antioquia, na Turquia, e Pérgamo, na Ásia Menor.
As principais contribuições para a formação do mundo ocidental ocorreram:
- Artes: se a arte grega caracteriza-se pelo equilíbrio, pela leveza e pelo humanismo, as artes helenísticas perderam aquelas características e passaram a ser dominadas pelo realismo exagerado e pelo sensacionalismo. Os artistas helenísticos não se preocupavam com o belo, mas sim com o grandioso e luxuoso.
Os maiores exemplos disso são o Farol de Alexandria, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, e o Grande Altar de Zeus, em Pérgamo, com suas estátuas gigantescas de deuses, animais ferozes e monstros empenhados em violentos combates.
Houve, no entanto, pequenas exceções. Alguns escultores helenísticos criaram obras de singular beleza, tão singelas quanto as esculturas da época anterior, como as estátuas de Vênus de Milo e Vitória de Samotrácia.
A arquitetura caracterizou-se pela construção de luxuosos palácios e templos e pela origem de um novo estilo de colunas: o estilo coríntio.
- Filosofia: as mais importantes doutrinas filosóficas helenísticas foram o estoicismo, criado por Zenon, e o epicurismo, criado por Epicuro.
Os estócios afirmavam que o homem não é senhor do seu destino, só encontrando a felicidade na aceitação do destino que lhe está reservado. Negavam a existência de diferenças sociais e pregavam que todos os homens são irmãos, pois são filhos do mesmo deus.
Os epicuristas, afirmavam que a alma é matéria, que o universo age por si só e que as questões humanas não sofrem intervenção dos deuses.
Além disso, os epicuristas faziam a apologia dos prazeres. Não apenas dos prazeres gastronômicos e sexuais, mas também dos prazeres intelectuais. Diziam que o mais alto prazer consiste na serenidade da alma, na ausência completa da dor física e moral.
- Literatura: o destaque especial cabe ao teatro, com Menandro, autor de várias comédias sem cunho social e político, onde o tema dominante era o amor romântico que culminava com um casamento feliz.
Na poesia bucólica, autores como Teócrito celebravam a vida simples e os prazeres do povo do campo.
- Ciências: os conhecimentos científicos alcançaram tal nível de desenvolvimento, principalmente no campo da astronomia e da matemática, que fizeram com que as ciências helenísticas fossem as mais desenvolvidas da História, durante várias séculos.
Os grandes nomes deste período foram:
Euclides: que desenvolveu de maneira extraordinária os conhecimentos de geometria;
Arquimedes: descobridor da lei da alavanca e da hidrostática. Inventou o parafuso tubular para bombear água, a hélice, as lentes convexas e criou um planetário. Para defender sua cidade, cercada pelos romanos, construiu máquinas poderosas como catapultas, que atiravam pedras enormes sobre os inimigos; com um sistema de espelhos, que concentrava os raios solares, conseguiu incendiar vários navios romanos;
Hiparco: estabeleceu os fundamentos da trigonometria, inventou o astrolábio e a representação do globo terrestre;
Eratótenes: calculou a circunferência da Terra com uma margem de erro extremamente pequena;
Aristarco: criador da teoria heliocêntrica, isto é, a teoria de que a Terra e os outros planetas giram em torno do Sol, que não foi aceita na época.
Foi o resultado da fusão da cultura oriental e helenística realizada por meio das conquistas de Alexandre Magno, difundindo a cultura em Alexandria, Pérgamo, Rodes, Antioquia e Siracusa, e findando-se com a conquista do mundo antigo, realizado por Roma.

Site:    http://www.infoescola.com/historia/alexandre-magno-e-a-cultura-helenistica/

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